domingo, 7 de novembro de 2010

Agricultura Convencional e Agroecologia

Agricultura Convencional: cultivo dos campos utilizando as técnicas tradicionais de preparo do solo e controle fitossanitário. É comum dizer que, em princípios, a agricultura convencional se opõe à orgânica. No sistema convencional, o cultivo agrícola segue basicamente a seguinte ordem:
  1. ) Remoção da vegetação nativa (desmatamento);
  2. ) Aração;
  3. ) Calagem;
  4. ) Gradagem;
  5. ) Semeadura;
  6. ) Adubação mineral
  7. ) Aplicação de defensivos agrícolas (controle fitossanitário);
  8. ) Capinas (manual, mecânica ou por uso de herbicidas);
  9. ) Colheita.



A Agricultura convencional praticada nos dias de hoje visa, acima de tudo, produção, deixando em segundo plano a preocupação com a conservação do Meio Ambiente e a qualidade nutricional dos alimentos.

O sistema de monocultura favorece o aparecimento de pragas, doenças e ervas invasoras, fazendo com que o agricultor tenha que utilizar agrotóxicos para conseguir produzir. Esse sistema também provoca rápida perda de fertilidade do solo, pois facilita a erosão, reduz a atividade biológica e esgota a reserva de alguns nutrientes.

Os insumos agrícolas utilizados são na sua maioria derivados direta ou indiretamente do petróleo, que resultam num alto custo energético para sua obtenção, ocasionando um balanço energético negativo, ou seja, a energia produzida pela cultura é menor que a energia gasta para sua produção.

Assim sendo, o agricultor está sempre dependendo das grandes empresas, seja para comprar sementes, fertilizantes, inseticidas, herbicidas, etc. e quem acaba por ficar com a maior parte (40% a 80%) do lucro são elas.

Na produção animal também ocorrem os mesmos problemas. Os animais são vistos como mini indústrias de produção de alimentos, não como seres vivos, e sofrem maus tratos pelos produtores. Ficam confinados em locais minúsculos, às vezes no escuro, alguns são alimentados à força, ou são mutilados.

Agroecologia : O conceito de Agroecologia quer sistematizar todos os esforços em produzir uma proposta de agricultura abrangente, que seja socialmente justa, economicamente viavél e ecologicamente sustentável; um modelo que seja o embrião de um novo jeito de relacionamento com a natureza, onde se protege a vida toda e toda a vida. Nesta visão se estabelece uma ética ecológica que implica no abandono de uma moral utilitarista e individualista e que postula a aceitação do princípio do destino universal dos bens da criação e a promoção da justiça e da solidariedade como valores indispensáveis.


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